JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Viseu, 20 abr 2024 (Lusa) – O secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, defendeu hoje uma “melhoria significativa” dos salários das forças de segurança e uma “imigração regulada”, considerando que, se não fosse o CDS-PP, “o primeiro-ministro chamava-se Pedro Nuno Santos”.
“Estamos a falar de melhores equipamentos, melhor proteção, melhores condições de trabalho, mas não nos escondamos, sejamos claros e fica dito: estamos a falar também de garantir que aqueles que têm a responsabilidade da nossa segurança, seja nas forças de segurança ou nas Forças Armadas, tenham uma melhoria significativa das suas condições salariais. É por isso que nos vamos bater”, defendeu Telmo Correia.
O vice-presidente do CDS-PP e governante falava perante o 31.º Congresso do partido, que decorre hoje e domingo em Viseu, defendendo ainda que as “ofensas e ataques às forças de segurança têm e devem ser punidos de forma mais séria e mais grave”.
Telmo Correia acrescentou que o CDS-PP não é contra a necessidade objetiva que os empresários têm de mão-de-obra estrangeira, mas defendeu uma “imigração regulada e exigente” sob o lema “rigor na entrada, humanidade na integração”.
Na sua intervenção, de cerca de quinze minutos, o antigo deputado salientou o atual peso do partido no Governo minoritário PSD/CDS, liderado por Luís Montenegro.
“O peso do CDS é tão simples quanto nós sabermos que se não fosse o CDS, o primeiro-ministro em vez de se chamar Luís Montenegro, chamar-se-ia, para mal dos nossos pecados, Pedro Nuno Santos [secretário-geral do PS]”, considerou.
O centrista pediu para não se esquecer que o principal adversário do partido “são as esquerdas, o PS, o PCP e a extrema-esquerda”.
Telmo Correia sublinhou perante a reunião magna que o CDS é um partido do “institucionalismo” e do “lembrar e reconhecer”, recordando um dos fundadores do partido, o professor Adriano Moreira.
“Nos 50 anos do CDS, por vídeo, no alto dos seus 100 anos, o professor Adriano Moreira pediu-nos «não desistam nunca, não abandonem, não deixem de lutar». E nós aqui reunidos podemos dizer, senhor professor, não desistimos, aqui estamos, honramos o seu legado, o partido está aqui, está vivo e está capaz de continuar a lutar”, clamou.
ARL // APN
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