Soldado norte-americano detido na Rússia viajou sem autorização, diz Exército dos EUA
Gordon Black, soldado dos EUA detido na Rússia, em foto postada em rede social em fevereiro de 2023, em local não especificado Gordon Black Via Facebook/via REUTERS/File Photo
Por Idrees Ali e Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) – Um soldado norte-americano que foi detido na Rússia viajou à cidade russa de Vladivostok, passando pela China, sem autorização dos militares, afirmou o Exército dos EUA nesta terça-feira.
Casos criminais contra norte-americanos na Rússia ganharam importância diplomática nos últimos anos, incluindo um caso de drogas contra a estrela do basquete Brittney Griner, que foi solta no ano passado em uma troca de prisioneiros. O repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich foi detido sob acusações de espionagem, que ele e seu empregador negam.
O soldado, que o Exército identificou como sargento Gordon Black, foi preso por acusações de roubo por um tribunal de Vladivostok, no Extremo Oriente da Rússia, disse o gabinete regional do Ministério do Interior em comunicado nesta terça-feira.
Black, que se alistou ao Exército como soldado de infantaria em 2008, havia sido recentemente designado ao Campo Humphreys, na Coreia do Sul, e deveria retornar ao Forte Cavazos, no Texas, segundo o comunicado do Exército dos EUA.
“Em vez de retornar aos Estados Unidos continental, Black voou de Incheon, na República da Coreia, via China para Vladivostok, Rússia, por motivos pessoas”, acrescentou o Exército.
O Exército afirmou que não há evidências de que Black planejasse ficar na Rússia após o fim da sua licença pessoal.
O Ministério de Relações Exteriores da Rússia disse que não há elemento político no caso ou alegações de espionagem.
(Reportagem de Idrees Ali e Phil Stewart, reportagem adicional de Susan Heavey)