Desde o início dos combates na Ucrânia, a China tem apelado ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia. Agora, quer dar força à conferência que vai ter lugar em junho, na Suíça, com base na proposta de paz de Kiev
O Presidente chinês Xi Jinping com o Sergei Lavrov, ministro russo dos Negócios Estrangeiros
Pequim afirmou hoje que “qualquer conflito” deve ser resolvido “através de negociações”, referindo-se à conferência que vai ter lugar em junho, na Suíça, com base na proposta de paz de Kiev para a guerra na Ucrânia.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian, recordou que o Presidente chinês, Xi Jinping, já tinha dito na segunda-feira, em Pequim, ao Chanceler alemão, Olaf Scholz, que encoraja “todos os esforços que conduzam a uma resolução pacífica da ‘crise’ na Ucrânia” e que apoia a “convocação atempada de uma conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia, com a participação de todas as partes”.
Lin afirmou que, apesar de a conferência estar ainda “numa fase preparatória”, o seu país está “pronto a manter a comunicação” com todas as partes.
O porta-voz recordou que Xi disse a Scholz, na segunda-feira, que as conversações deveriam “lidar de forma justa com todas as propostas de paz”.
Scholz apelou a Xi para que use a sua influência sobre Moscovo para pôr fim à guerra na Ucrânia e reiterou a necessidade de evitar o envio de bens com dupla utilização militar e civil para a Rússia.
“A palavra da China tem peso na Rússia. Por isso, pedi ao Presidente Xi que exercesse influência sobre a Rússia para que [o Presidente russo Vladimir] Putin pare finalmente a sua cruzada insana, retire as suas tropas e ponha fim a esta guerra terrível”, afirmou o Chanceler alemão na sua conta na rede social X.
O líder chinês declarou que “não se deve atirar lenha para a fogueira”, apelando ao esforço de reunir condições para que a paz seja restabelecida e se evite nova escalada do conflito.
Desde o início dos combates na Ucrânia, a China tem apelado ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia.
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