As sanções foram justificadas com os “níveis inéditos” de violência praticada pelos colonos na Cisjordânia, ao longo do último ano. O Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros critica a inação de Israel, que resultou em uma “total impunidade”.
Reino Unido junta-se aos EUA e aplica sanções a colonos israelitas
O Governo do Reino Unido anunciou na segunda-feira que colocou quatro colonos israelitas sob sanções, devido a acusações de abusos de direitos humanos contra palestinianos na Cisjordânia.
O Foreign Office [equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros] justificou que as sanções decorreram de “níveis inéditos” de violência praticada pelos colonos na Cisjordânia, ao longo do último ano, incluindo os que assediaram e intimidaram agressivamente palestinianos para que abandonem as suas terras.
Acrescentou ainda que a inação dos dirigentes israelitas resultou em uma “total impunidade” para os colonos.
Os dirigentes do Ministério alegam que Moshe Sharvit e Yinon Levy ameaçaram famílias palestinianas com armas e destruíram-lhes vários bens nos últimos meses, como parte de “um esforço focado e calculado para deslocar as comunidades palestinianas”.
Identificaram também Zvi Bar Yosef e Ely Federman como os ouros dois colonos sujeitos a sanções.
Os quatro estão sujeitos ao congelamento de ativos no Reino Unido e proibição de emissão de vistos e de viajarem para o país.
O ministro David Cameron disse, em comunicado, que “os colonos extremistas israelitas estão a ameaçar os palestinianos, com frequência de arma em punho, e a forçá-los a saírem das terras que são suas. Este comportamento é ilegal e inaceitável”.
Acrescentou ainda que “Israel tem de agir para acabar com a violência dos colonos. Com frequência, vemos compromissos assumidos e promessas feitas, mas depois não acontece nada”.
As sanções britânicas seguem-se às adotadas, no início deste mês, pelo presidente dos EUA, Joe Biden, que também sancionou Levy, a par de outros três acusados de atacarem palestinianos na Cisjordânia.
Um advogado de defesa de direitos humanos, Eitay Mack, disse que, juntamente com outros, tinha documentado a violência de Sharvit contra agricultores palestinianos que forçaram, pelo menos, 10 famílias a saírem da área nas proximidades da quinta de Sharvit.
Mack, que integra um grupo de organizações que tem apelado para a aplicação de sanções a uma dúzia de colonos desde 2021, disse que as sanções vão afetar a capacidade de Sharvit financiar a sua quinta.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, tinha criticado as sanções decididas por Biden, dizendo que “a grande maioria dos colonos é cumpridora da lei” e que ele “agia contra os que violavam a lei em todo o lado, pelo que não havia razões para esta medida” [as sanções dos EUA].
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