ANDY RAIN / POOL/EPA
Kiev, 04 mar 2024 (Lusa) – O primeiro-ministro ucraniano Denys Chmygal afirmou hoje que o seu país não recebeu mais de 16 mil milhões de euros de ajudas recolhidas pela Polónia e Comissão Europeia durante duas conferências de doadores em Varsóvia em 2022.
“Estes fundos foram reunidos. Segundo as nossas informações, mais de dez mil milhões de euros na primeira [conferência] e mais de seis mil milhões na segunda”, declarou Chmygal durante uma conferência de imprensa em Kiev e quando o seu país se confronta com uma diluição do apoio ocidental após dois meses de guerra.
Na sua versão, estes fundos “foram recolhidos pela Polónia, com a Comissão Europeia, para o apoio à Ucrânia”. “Não sabemos o que aconteceu a esses fundos. Como foram gastos, quem apoiaram? A Ucrânia não recebeu nada”, prosseguiu o chefe do Governo.
Na sequência da invasão militar da Rússia em fevereiro de 2022, os ocidentais anunciaram o desbloqueio de dezenas de milhares de milhões de euros em apoio a Kiev.
No início de abril de 2022, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em Varsóvia que uma campanha internacional de recolha de fundos tinha permitido reunir 10,1 mil milhões de euros para apoiar as populações deslocadas na Ucrânia.
De seguida, o Governo polaco anunciou que uma conferência de doadores em Varsóvia tinha garantido mais de 6,3 mil milhões de euros de ajuda humanitária à Ucrânia.
As declarações de Chmygal surgem num momento em que Kiev se inquieta sobre a diminuição da ajuda militar e financeira ocidental, devido a dissensões internas nos Estados Unidos e na União Europeia.
A União Europeia, após diversos atrasos, desbloqueou no início de fevereiro uma contribuição de 50 mil milhões de euros para quatro anos, enquanto o envelope norte-americano de 60 mil milhões de dólares (55,3 mil milhões de euros) permanece desde há meses bloqueado pelo Congresso dos Estados Unidos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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