LUÍSA NHANTUMBO/LUSA
Maputo, 22 fev 2024 (Lusa) – O primeiro-ministro de Moçambique admitiu hoje a necessidade de apoio adicional a Cabo Delgado face à fuga de dezenas de pessoas devido aos novos ataques registados naquela província, situação que está a criar “problemas de alimentação”.
“Os recursos nunca chegam (…) [a província] está necessitando de apoios adicionais e temos feito tudo o que tem sido feito, usando também os nossos parceiros”, disse aos jornalistas Adriano Maleiane, à porta do parlamento moçambicano, após uma sessão plenária.
O primeiro-ministro moçambicano disse que não é fácil combater o terrorismo, apelando à colaboração de todos na denúncia das ações dos grupos insurgentes, que protagonizam ataques armados em Cabo Delgado desde 2017.
O governante afirmou que todos os sistemas de apoio do país estão em alerta e a redobrar esforços para ajudar os deslocados, apelando também para a solidariedade dos moçambicanos face à situação humanitária de Cabo Delgado.
“[A situação] é lamentável, porque depois tem aquela população toda a ter de se movimentar de um lado para o outro e isso está a criar problemas de alimentação. Temos de encontrar solução para as pessoas e é isso que o Governo está a fazer”, disse Adriano Maleiane.
A nova vaga de violência armada em Cabo Delgado dominou hoje os discursos de reinício das sessões plenárias do parlamento, com a oposição a exigir que o executivo encontre mecanismos de diálogo com os insurgentes.
Nas últimas semanas têm sido relatados casos de ataques de grupos insurgentes em várias aldeias e estradas de Cabo Delgado, inclusive com abordagens a viaturas, rapto de motoristas e exigência de dinheiro para a população circular em algumas vias.
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou há uma semana a autoria de um ataque terrorista em Macomia, em Cabo Delgado, e a morte de pelo menos 20 pessoas, um dos mais violentos em vários meses.
A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos alguns ataques reivindicados pelo EI, o que levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos do gás.
LN (PMA/EAC) // MLL
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