Rúben Amorim, o gestor de recursos humanos: nos últimos 10 anos, nenhum campeão usou tanto os suplentes como o Sporting
Por opção estratégica, para gerir momentos de forma ou devido a lesões, Rúben Amorim distribuiu como ninguém no passado recente os minutos de jogo pelos vários elementos do plantel: é o campeão nacional que teve mais participação dos nove futebolistas não habitualmente titulares. O planeamento a contar com a CAN e a Taça Asiática terá impedido sobressaltos. Gyökeres foi o mais constante
Rúben Amorim, o gestor de recursos humanos: nos últimos 10 anos, nenhum campeão usou tanto os suplentes como o Sporting
Para os jogadores, 39 anos são um atestado de sabedoria plena sobre o que se passa no hectare de relva do jogo. Em idade de treinador, essa é a altura dos porquês. Rúben Amorim foi um jovem precoce na resolução das suas dúvidas. Aos 36, já tinha encontrado um método para ser campeão. Três anos mais tarde, voltou ao mesmo sucesso. Se repetiu a fórmula? Não propriamente.
“O Rúben Amorim do segundo ano [completo] no Sporting é melhor que o Rúben Amorim que foi campeão. O Rúben Amorim do terceiro ano no Sporting, apesar de ter ficado em quarto lugar, é um treinador mais completo do que foi no segundo e no primeiro ano. Neste quarto ano, Rúben Amorim está no ponto rebuçado.” A avaliação de Rui Malheiro, comentador e analista de futebol à Tribuna Expresso, deixa implícito que o treinador dos leões entremeou os dois títulos conquistados com uma mudança (e evolução) de métodos técnicos enquanto treinador.
Seria estranho que o primeiro a assumir que o clube evoluiu em todos os departamentos não aperfeiçoasse, também, o conhecimento ao nível da gestão de recursos humanos.
Esta época, o Sporting ultrapassou as 50 partidas em todas as competições, sendo que, em 2020/21, os leões não foram além dos 42 jogos. A participação mais duradoura na Taça de Portugal e na Liga Europa terá tido influência. Na primeira temporada completa de Amorim, o clube de Alvalade foi eliminado das competições europeias pelo LASK Linz no play-off de acesso à Liga Europa, o que esvaziou o calendário em comparação com 2023/24.
Esta época, com o prolongar da vida do Sporting em várias provas, a necessidade de gerir a condição física dos jogadores entrelaçou-se com os ardilosos ajustes estratégicos que flutuam de encontro para encontro. Motivado pelas contingências ou por opção, Rúben Amorim distribuiu os minutos de jogo pelas várias opções no plantel de forma diferente daquela que o tinha levado ao sucesso três anos antes – e isto transpareceu no campeonato.
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