HUGO DELGADO/LUSA
Milão, 18 fev 2024 (Lusa) – Sessenta e oito empresas portuguesas de calçado e artigos de pele participam a partir de hoje, em Milão, Itália, nas feiras internacionais MICAM, MIPEL e Lineapelle, apostadas em inverter a quebra 5,1% das exportações em 2023.
“Este será um ano importante para a nossa atividade” afirma o presidente da Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), que organiza a participação nacional de um total de 68 empresas na feira de calçado MICAM, na de acessórios de pele MIPEL e na de componentes para calçado e curtumes Lineapelle.
“O nosso setor exporta mais de 90% da sua produção e, depois de um 2023 muito difícil para toda a fileira da moda à escala internacional, temos a expectativa de que este seja um ano de afirmação do calçado português nos mercados externos”, sublinha Luís Onofre.
No ano passado, a fileira nacional de calçado e artigos de pele exportou 2.222 milhões de euros, o que representa uma quebra de 5,1% face a 2022.
O setor do calçado exportou 66 milhões de pares de calçado, no valor de 1.839 milhões de euros, registando uma quebra de 11,3% em quantidade e de 8,2% em valor ao ano anterior.
Quanto ao preço médio do calçado exportado, subiu 3,45%, para 27,70 euros o par.
Já o setor de artigos de pele e marroquinaria aumentou as exportações em 14%, para 310 milhões de euros, enquanto o setor de componentes para calçado viu as vendas para o exterior crescerem 13,6%, para 73 milhões de euros.
Nesta edição das três feiras, que decorrem num espaço de uma semana, entre hoje e quinta-feira, Portugal estará representado por 35 empresas na MICAM (que compara com as 33 na edição homóloga do ano anterior), por uma na MIPEL e por 32 no certame de componentes para calçado e de curtumes Lineapelle, 14 das quais de componentes para calçado.
O ‘cluster’ português do calçado – que abrange os setores do calçado, componentes e artigos de pele – é constituído por 1.500 empresas, responsáveis por 40.000 postos de trabalho e que exportam 90% da produção para 173 países dos cinco continentes.
PD // JNM
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