Os ministros da Defesa da NATO encontram-se na quinta-feira em Bruxelas, tendo em agenda a sucessão do secretário-geral Jens Stoltenberg e o investimento militar dos aliados, questão reavivada por polémicas declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Os ministros da Defesa da NATO encontram-se na quinta-feira em Bruxelas, tendo em agenda a sucessão do secretário-geral Jens Stoltenberg e o investimento militar dos aliados, questão reavivada por polémicas declarações do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
A reunião tinha como principal ponto discutir o reforço o investimento na área da Defesa, para concretizar na cimeira de julho os objetivos traçados em 2023: o investimento por cada Estado-membro de pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em Defesa.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, anunciou hoje que para 2024 as previsões apontam que 18 dos 31 Estados-membros – que podem ser este ano 32 com a expectável adesão da Suécia – atingirão o objetivo delineado na cimeira de 2023.
O número é acima dos onze anunciados em 2023.
Sem especificar que países são, Stoltenberg ‘deitou por terra’ as acusações de que alguns estão mais preocupados com a NATO do que outros, apontando também ‘baterias’ a Trump, que no último sábado disse que encorajaria a Rússia a invadir qualquer país da NATO que “não pagasse as dívidas” à organização.
As declarações de Donald Trump, durante um comício na Carolina do Sul, mereceram críticas de todos os lados da Aliança Atlântica, incluindo da embaixadora dos EUA para a NATO, Julianne Smith.
Durante um briefing na terça-feira, confrontada com as palavras do antigo chefe de Estado norte-americano, favorito à nomeação republicana, a embaixadora disse que são “perigosas e francamente irresponsáveis”.
“Encorajar o Kremlin a atacar qualquer país da NATO ou o território da Aliança coloca os nossos soldados – os dos Estados Unidos e os dos nossos aliados – em perigo”, admitiu a diplomata norte-americana, que também anunciou que está previsto um “plano de contingência” para uma hipotética invasão pela Rússia a um Estado-membro.
Em julho a NATO celebra o 75.º aniversário e vai também escolher este ano um novo secretário-geral. Stoltenberg é o secretário-geral que há mais anos está em funções: iniciou em outubro de 2014 – ano em que a Rússia invadiu a Crimeia – e o mandato foi sendo renovado, face à premência dos desafios com os quais a NATO é hoje confrontada.
Mas depois da última renovação, no ano passado, quando já se especulava sobre a sucessão, Stoltenberg admitiu que era a última extensão do mandato e este ano regressa a especulação.
Entre os nomes que mais percorrem os corredores do quartel-general da NATO, em Bruxelas, o da primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, continua a ser um dos mais falados.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ex-ministra da Defesa da Alemanha, estava a ser equacionada, mas a hipótese esmoreceu com a mais que provável recandidatura para presidente do executivo comunitário.
Mas surgiu um novo nome, desta vez ‘lançado’ pela embaixadora norte-americana para a NATO: o antigo primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.
“Os aliados estão particularmente interessados no processo de seleção […], não acho que seja um segredo, mas ouvimos falar de [Mark] Rutte, que expressou vontade para exercer as funções. Por isso, é uma pessoa para a qual a aliança está a olhar”, admitiu Julianne Smith.
Leia Também: Rússia sofreu “grandes perdas” no Mar Negro, revelou a NATO
Seja sempre o primeiro a saber. Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online. Descarregue a nossa App gratuita. iOS
News Related-
IA pode reduzir postos de trabalho? Mais de metade dos portugueses temem o pior
-
Enfermeiros apontam o dedo ao “lobby médico” e prometem luta em 2024 (já há greves planeadas). "Não estamos condicionados pelas eleições"
-
Túnel subaquático entre Crimeia-Rússia será "um cordão umbilical indestrutível", mas conseguirá o Kremlin construir o seu "projeto secreto"?
-
VÍDEO: o ponto no padel que vai ficar para a história
-
118 razões para as mulheres não terem filhos? Modelo australiana defende lista polémica (mas há quem apoie)
-
Repórter da TVI "operado a algo que marcou toda a sua vida"
-
Elon Musk visita com Netanyahu um kibutz atacado pelo Hamas
-
Cristiano Ronaldo saiu com queixas e está em dúvida para o próximo jogo do Al Nassr
-
Pescoço partido, coluna fraturada e sangue nos pulmões. O ‘milagre’ após tropeçar… no gato
-
Escassez de água no Algarve é a "pior de sempre", revela APA
-
Sondagem Big Brother: Francisco Vale, Jéssica Galhofas, Joana Sobral ou Palmira Rodrigues? Vote!
-
EuroDreams: conheça a chave do sorteio desta segunda-feira
-
As fotografias encantadoras de Marta Melro com a filha
-
Cristiano Ronaldo 'prescindiu' de penálti. Admitiu que não era falta