Voo alto da águia para defender o poleiro

Voo alto da águia para defender o poleiro

Era o jogo cabeça de cartaz dos quartos de final da Taça da Liga e não desapontou. Esta quinta-feira, Benfica e SC Braga digladiaram-se ao longo de 40 minutos por um lugar nas meias-finais. As águias, que procuram revalidar o troféu, venceram por 5-1 e vão discutir o acesso ao encontro decisivo com o Belenenses.

A equipa de Mário Silva teve entradas fortes em ambas as partes e conseguiu tirar proveito das mesmas para construir uma vantagem da qual os minhotos nunca conseguiram recuperar totalmente. Na primeira metade, o SC Braga ainda teve capacidade de resposta, aproveitando também as cinco faltas madrugadoras do adversário para montar o cerco à baliza de Léo Gugiel, e na segunda parte também conseguiu ter as suas oportunidades, mas sem ultrapassar a muralha que o guardião ergueu.

Entrada forte fez a diferença

Frente a frente com o líder da Liga Placard, que levou a melhor, em Braga, no jogo para o campeonato, o Benfica rapidamente procurou acertar contas. A equipa encarnada entrou muito bem na partida e a criar várias ocasiões de golo junto da baliza de Dudu.

Perante tamanho caudal ofensivo, foi com naturalidade que os benfiquistas se colocaram em vantagem, logo aos cinco minutos. Ivan Chishkala entregou a Arthur, que conquistou espaço para o remate com a receção e atirou a contar. Apenas dois minutos depois, Lúcio Rocha desenhou a jogada pela direita e entregou, de bandeja, o segundo golo a Afonso Jesus.

Os primeiros dez minutos não deixavam margem para dúvidas em relação à justiça do resultado. Os arsenalistas demoraram a entrar no encontro e só conseguiram fazê-lo verdadeiramente quando o Benfica atingiu as cinco faltas muito cedo e foi obrigado a reduzir os índices de agressividade. A equipa de Joel Rocha aproveitou para crescer e montar o cerco à baliza de Léo Gugiel, que abriu o livro e foi travando todas as investidas. Não conseguiu, porém, fazê-lo aos 18 minutos, perante um remate de Ítalo Rossetti que o apanhou de surpresa.

Mais uma dose dupla para resolver

No reatamento, o Benfica aplicou exatamente a mesma receita que lhe trouxe sucesso na primeira parte: entrar forte. E essa entrada traduziu-se em algo semelhante, ou seja, mais dois golos de rajada e que resolveram a questão. Aos 26′, Edmilson Kutchy passou por Robinho a todo o gás, contornou Dudu e atirou para o 3-1. No minuto seguinte, o ala recuperou a bola em zona adiantada e serviu Arthur para o quarto golo.

Com três golos de diferença no marcador, os minhotos tentaram reagir, mas não conseguiram ser tão dominadores como foram na reta final da primeira parte. Ainda assim, oportunidades não faltaram para a equipa arsenalista. Faltou, por outro lado, eficácia perante um Léo Gugiel tremendamente inspirado.

À exibição do guarda-redes brasileiro faltava apenas a cereja, que chegou a menos de 30 segundos do final, quando os bracarenses ainda tentavam chegar ao golo no 5×4+GR. Sem ninguém na baliza contrária, Gugiel fechou o marcador em 5-1.

Assim, o alinhamento para as meias-finais está fechado. No próximo sábado, o Benfica disputa o acesso à final com o Belenenses, ao passo que o Sporting defronta o Leões de Porto Salvo.