Primeiro-ministro e Presidente polacos em colisão: Tusk ameaça com eleições antecipadas, Duda agarra-se a caso de ex-ministros condenados
Face à perspetiva de bloqueio da sua proposta orçamental, o chefe do Governo ameaçou “encurtar a legislatura” menos de quatro meses após as últimas legislativas. Ainda assim, o Presidente enviou o Orçamento para apreciação do Tribunal Constitucional porque dois antigos governantes, condenados a dois anos de prisão por abuso de poder, não votaram. “O Presidente considera que devem ser instalados botões de voto nas celas?”, ironizou chefe do gabinete de Tusk. Quem sai a perder, “a curto, médio e longo prazo”, desta contenda é Duda, avalia politólogo polaco ao Expresso
Andrzej Duda e Donald Tusk
Continua o braço-de-ferro entre o primeiro-ministro, Donald Tusk, que tomou posse em dezembro, e o Presidente da Polónia, Andrzej Duda, apoiado pelo partido nacionalista e conservador Lei e Justiça (PiS), que governou o país durante oito anos. Na semana passada, Tusk, que já tinha sido primeiro-ministro (2007-14) e presidiu ao Conselho Europeu entre 2014 e 2019, levantou a hipótese de provocar eleições antecipadas se o Orçamento do seu Governo fosse bloqueado. A ameaça foi feita três meses e meio depois das últimas legislativas, realizadas a 15 de outubro e ganhas pelo PiS, que, no entanto, perdeu a maioria parlamentar e não conseguiu formar governo.
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