Marco Aurélio completa neste domingo 57 anos de vida. Atual presidente do Clube Atlético Linense, na cidade brasileira onde vive, o antigo central do Sporting recorda nesta segunda parte do Casa às Costas os oito anos que viveu em Itália, ao serviço de clubes como o Vicenza, Palermo e SPAL, entre outros. Fala da sua experiência como treinador-adjunto no Quénia e na Albânia, conta mais algumas histórias e dá a sua opinião sobre o momento atual do Sporting e não só
“O avançado mais difícil de travar era o chato do Domingos. Tinha que ter paciência para não partir o gajo ao meio. Ele chutava de primeira”
No início de 1999 saiu para o Vicenza, da Itália. Queria sair do Sporting? Já estava cansado?
Querer sair, não queria. Mas o treinador da época, o croata Jozic, tinha falado comigo. Veio com a conversa: “Você já tem 32 anos, no ano que vem podemos pensar em você ser treinador dos miúdos…”. Aquilo não me caiu bem porque sentia-me forte e suficientemente bom para continuar a jogar. Então, eu já sabia que a ideia dele era acabar com a minha carreira. Não fiz nada, não falei com ninguém, absorvi aquela situação e continuei a jogar sem problemas nenhum. Entretanto, o José Veiga e o Baidek procuraram-me, disseram que tinham uma proposta do Vicenza para mim e que o Sporting tinha aceitado. Mesmo com o coração doendo, por perceber que o Sporting aceitou sem falar comigo, acabei por perceber que seria uma boa saída, para um campeonato importante, e que também ia ser bom financeiramente para mim.
Foi para Itália com mulher e filhos?
Como fui em janeiro, eles ficaram em Portugal até terminar a escola das crianças. Durante seis meses fiquei sozinho, eles iam e voltavam de vez em quando. Mas foi bom ter ficado aquele período sozinho devido à língua e a adaptação, tive de aprender a falar mais rápido o italiano.
Tinha portugueses e/ou brasileiros na equipa?
Nada. Tinha o Gustavo Mendes e o Marcelo Otero, ambos uruguaios e o Dabo, francês.
O campeonato era mais duro que o português?
Sim. Não era tão rápido quanto o português, mas era muito mais fechado, muito mais duro, muito mais decidido em detalhes, as equipas muito parecidas. No Sporting eu estava num dos grandes, nós íamos fora sempre para ganhar, o Vicenza era pequeno, íamos fora para empatar e era difícil ganhar os jogos.
A receção no balneário foi tão boa como no Sporting?
Muito mais difícil. Voltei a uma equipa pequena. Uma equipa com condições, com dinheiro, com campos, mas, por exemplo, não tínhamos um centro de treino, nem um campo para treinar como o Sporting, tínhamos de sair para treinar, um dia era num lugar, no outro dia noutro. O italiano naquela época não se preocupava com isso. Pagava uma fortuna de salário aos jogadores, mas treinava em campos secundários. Isso foi difícil para mim. Após cinco anos voltar, entre aspas, ao União da Madeira de novo. Mas se a adaptação ao futebol não foi fácil, já a vida era bem positiva, as pessoas amam futebol, vivem futebol loucamente, excessivamente até. Passei oito anos em Itália e foram bons.
O que viveu no Vicenza foi um pouco o que aconteceu no União da Madeira, desceram de divisão para voltar a subir no ano seguinte.
Exato. Havia essa gangorra no campeonato italiano, porque era um campeonato de Batistuta, Weah, Bierhoff, Rui Costa, Leonardo, Maldini, era um campeonato muito duro, era preciso fazer um campeonato de muito nível para se manter na I Divisão.
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