ONU confirma que pelo menos um míssil norte-coreano já caiu na Ucrânia, o que representa uma violação do embargo a Pyongyang
Um painel especializado da ONU denunciou ao Conselho de Segurança que a descoberta dos detritos encontrados em Kharkiv reflete uma violação das sanções internacionais contra Pyongyang. Os analistas ouvidos pelo Expresso acreditam que a Coreia do Norte faz parte da estratégia russa para vencer na Ucrânia e que, por sua vez, Moscovo representa uma “lucrativa fonte de receita” para Pyongyang
O Hwasong-14, lançado por Pyongyang em junho de 2017
Os destroços de um míssil que caiu em Kharkiv no início de janeiro foram identificados como pertencentes a um míssil balístico norte-coreano da série Hwasong-11. A revelação foi apresentada pela equipa de monitorização de sanções das Nações Unidas a um comité do Conselho de Segurança. O relatório de 32 páginas elaborado pela ONU foi consultado pela Reuters e constata que os detritos são provas da violação do embargo de armas aplicado à Coreia do Norte.
A República Popular Democrática da Coreia está sob sanções da ONU devido aos seus programas de mísseis balísticos e nucleares desde 2006, medidas que foram reforçadas ao longo dos anos.
A equipa que monitoriza o cumprimento de sanções viajou rumo à Ucrânia no início deste mês e reportou não ter encontrado qualquer evidência de que o míssil tenha sido fabricado pela Rússia. No entanto, os peritos “não conseguiram identificar de forma independente de onde o míssil foi lançado, nem por quem”. Tiveram de recorrer a “informações sobre a trajetória fornecidas pelas autoridades ucranianas, que indicam que foi lançado de dentro do território da Federação Russa”, pode ler-se no relatório dirigido ao comité de sanções do Conselho de Segurança da ONU para a Coreia do Norte. Os enviados da ONU lembraram ainda que os mísseis Hwasong-11 foram testados publicamente, pela primeira vez, por Pyongyang, em 2019.
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