Moçambique: Governo actualiza salários mínimos
O governo moçambicano aprovou nesta quarta-feira, 1 de Maio, os novos salários mínimos para oito sectores de actividade que passam a vigorar com efeitos retroactivos a partir do dia 1 de Abril. Por seu lado, o secretário-geral da Organização dos Trabalhadores de Moçambique- Central Sindical- Damião Simango, considera que estes aumentos não cobrem as necessidades da classe dos trabalhadores.
Foi durante a 11ª sessão do Conselho de Ministros, em Maputo, que o executivo moçambicano aprovou os novos salários mínimos para oito sectores de actividade que passam a vigorar com efeitos retroactivos a partir do dia 1 de Abril.
Os reajustes variam de 150 Meticais a 1820 Meticais de aumento, ou seja, de cerca de 2 euros a 26 euros sendo o sector 8, o de atividades dos serviços financeiros com o valor de reajuste mais elevado.
O vice-ministro do Trabalho e Segurança Social, Lourinho Farnela, disse que esta decisão, que não agrada a todos, foi a possível, tendo em conta a conjuntura social.
“De salientar que os aumentos dos salários mínimos hoje tornados públicos não são os desejáveis, mas sim os possíveis tomando em conta a atual conjuntura econômica e social do nosso país”, justificou.
Por seu lado, o secretário-geral da Organização dos Trabalhadores de Moçambique- Central Sindical- Damião Simango, considera que estes aumentos não cobrem as necessidades da classe operária.
“São salários que não satisfazem as necessidades dos trabalhadores. Quando nós negociamos os salários mínimos colocamos sempre um indicador que é a cesta básica, avaliada este ano nos 40 mil 176 Meticais. Se olharmos para os salários mínimos reajustados, o salário mínimo mais baixo cobre cerca de 11 % e o salário mínimo mais alto cobre cerca de 40%”, explicou.
Neste dia em que se celebra a jornada Internacional do Trabalhador, os moçambicanos contestam os magros salários, o elevado custo de vida e a precariedade laboral