Ex-presidente executivo divulgou esta quinta-feira um esclarecimento no qual reitera disponibilidade para fazer parte de uma solução que permita salvar o grupo de comunicação social
Global Media: empresário Marco Galinha nega aumento de passivo e avança para os tribunais contra o fundo que controla o grupo
O empresário Marco Galinha, que foi presidente executivo da Global Media até novembro, rejeita a existência de um passivo de 50 milhões de euros no grupo que detém o “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias”, TSF e “O Jogo”, entre outros meios de comunicação social, assim como nega que “tenham surgido mais cinco milhões de euros de dívidas em faturas para além do que já tinha sido identificado durante a due diligence [uma investigação feita antes da conclusão de um negócio] realizada pelo World Opportunity Fund”.
É a resposta do agora presidente do conselho de administração do grupo, e um dos seus maiores acionistas, à audição de José Paulo Fafe, presidente da comissão executiva, na terça-feira à noite, no Parlamento. Marco Galinha tinha estado também no Parlamento nesse dia, a pedido da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, que tem estado a analisar a situação no grupo de comunicação social, em que neste momento se verificam atrasos no pagamento do subsídio de Natal e dos salários de dezembro – o que originou uma greve na quarta-feira.
Na audição, Fafe voltou a acusar a anterior gestão executiva, liderada por Marco Galinha, de ser responsável pela situação em que o grupo se encontra: “Raro é o dia, desde que eu e a comissão executiva iniciámos funções, há três meses e meio, em que não somos surpreendidos por factos, negócios ou procedimentos que denotam a forma leviana e pouco transparente como este grupo foi gerido ao longo dos últimos anos”, disse então.
No esclarecimento que enviou esta quinta-feira, Marco Galinha volta a acusar o World Opportunity Fund, que controla a maioria do capital da Global, de incumprimento contratual: “Tendo-se continuado a verificar diversos incumprimentos por parte do novo acionista, decidimos já acionar todos os mecanismos legais e judiciais em defesa dos contratos assinados entre o World Opportunity Fund e a Páginas Civilizadas”. A Páginas Civilizadas é a empresa na qual o fundo tem 51% – Marco Galinha controla os restantes 49% – e que detém os 50,25% da Global.
Foi em setembro que Marco Galinha vendeu a maioria da sua participação ao World Opportunity Fund, um fundo detido pela sociedade Union Capital Group (sediada na Suíça), registado no paraíso fiscal das Bahamas e sobre o qual pouco se sabe. Nessa altura, José Paulo Fafe entrou na administração e passou a assumir o lugar de presidente executivo, que pertencia a Galinha, a meio de novembro.
Referindo que em cerca de três anos investiu 16 milhões no grupo “convicto da excelência daquele projeto e da sua importância para o fortalecimento da comunicação social e da própria língua portuguesa”, o empresário, detentor do grupo BEL, deixou claro que durante o período em que geriu a Global Media “em nenhum momento se verificou uma situação de salários em atraso”. “Sempre cumprimos com todas as obrigações para com os colaboradores do grupo”, afirma.
“Pelo sentido de responsabilidade social e empresarial que sempre tivemos, quando o novo acionista começou por incumprir as suas responsabilidades, fomos nós que adiantámos as verbas necessárias para garantir o cumprimento dos primeiros dois meses da massa salarial de todo o grupo”, esclareceu também.
Na audição Marco Galinha mostrou disponibilidade para fazer parte de uma solução para a situação no grupo, revelando que apresentou uma “proposta que permitiria resolver no imediato algumas das situações mais urgentes, não tendo até ao momento obtido qualquer resposta”. Fafe diria mais tarde que o que estava em causa era uma proposta de um grupo de empresários nacionais, entre os quais Marco Galinha, para comprar o JN e “O Jogo”.
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