A 60ª edição da maior exposição de arte do mundo teve início neste sábado (20) em Veneza, Itália, marcando pela primeira vez a presença de um brasileiro como curador. Adriano Pedrosa, curador-chefe do Museu de Arte de São Paulo (Masp), é também o primeiro latino-americano a liderar a Bienal de Arte.
Conhecida como as “Olimpíadas do mundo da arte”, a Bienal é um dos principais eventos do calendário artístico internacional. A edição deste ano, intitulada ” Foreigners Everywhere” (Estrangeiros em toda parte), apresenta pavilhões de 90 países, estendendo-se de 20 de abril a 24 de novembro.
Adriano Pedrosa selecionou 331 artistas com diversidade geográfica e de gênero, muitos dos quais nunca tinham participado de uma exposição internacional. A artista ítalo-brasileira Ana Maria Maiolino e a turca radicada em Paris, Nil Yalter, receberam o prêmio Leão de Ouro e trata-se da primeira participação de ambas na Bienal de Arte.
O curador defende a ideia de que trazê-los para as novas gerações e para países que não os conhecem é uma atitude contemporânea e, para muitos, um ato político. Entre os brasileiros selecionados estão Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Cândido Portinari. Pintores africanos, árabes e mexicanos como Frida Kahlo e Diego Rivera também marcam presença.
O brasileiro de 58 anos tem sido considerado um ponto de virada sombrio e até melancólico por alguns críticos. Esta é a primeira Bienal de Veneza nos últimos anos que apresenta mais artistas mortos do que vivos. A edição de 2022 incluía 95 artistas falecidos, representando 44% dos participantes, o que foi considerado “impressionante”. Este ano, a proporção de artistas mortos na exposição é de 55%.
Além disso, a escolha do título é uma provocação, reforçada pela pauta anti-imigração da Europa e de outros países. O curador decidiu expandir o conceito. “Pego essa imagem do estrangeiro e a desdobro em queer, forasteiro e indígena”, disse Pedrosa em entrevista ao jornal O Globo.
Leia também:
Essa movimentação artística de celebrar o imigrante vem de antes. Em 2018, sua exposição “Histórias Afro-Atlânticas” no MASP discutiu a diáspora africana e temas relacionados. Pedrosa inspirou outros curadores ao redor do mundo, incluindo Max Hollein, diretor do Museu Metropolitano de Arte de Nova York (Met), que iniciou uma série de exposições interculturais em 2020. Hollein disse que foi inspirado por Pedrosa e reconheceu que, nos últimos cinco ou seis anos, ele abordou questões importantes.
Adriano teve seus primeiros passos reconhecidos na cena artística durante sua participação na SP-Arte, uma feira de arte local, onde dirigiu programas artísticos de 2011 a 2014. Sua trajetória como diretor artístico do Masp teve início no mesmo ano. Ele é reconhecido por sua contribuição para ampliar a compreensão da arte brasileira, destacando histórias e artistas menos conhecidos.
News Related-
Conheça 6 nomes incomuns de cidades americanas com origens surpreendentes
-
Não gosta de musculação? Veja dicas e alternativas para manter os treinos
-
Nascem os filhos de Bárbara Evans! Veja as primeiras fotos dos gêmeos Álvaro e Antônio
-
Mais de 3 horas, 69 milhões de dólares e um Oscar: Um dos melhores filme de ação de 2022 está na Netflix
-
Dino enfrentou crises, mas deixa Ministério da Justiça como área de pior avaliação do governo Lula
-
Stephen Colbert, apresentador do "Late Show" da CBS, tem ruptura do apêndice
-
Rosa é a Cor de 2024: Saiba tudo sobre a energia da cor do ano
-
Programação do Corinthians: dois clássicos nacionais marcam reta final do Campeonato Brasileiro
-
Ceia de Natal perfeita? Descubra as dicas de ouro dos especialistas
-
Ex-apresentador do Globo Esporte é convidado para teste no SBT para compor trio com Regina Volpato e Michelle Barros; saiba mais
-
Secar a roupa dentro de casa? Veja um truque que facilita a tarefa
-
Chuva derruba casa em São Caetano e árvore cai sobre carros em SP
-
Vasco x Corinthians: onde assistir ao vivo, horário, provável escalação, últimas notícias e palpite
-
Diabetes: Três sinais que podem surgir antes do diagnóstico