Centenas de pessoas manifestaram-se hoje na cidade de Agadez, no norte do Níger, para exigir a partida dos soldados norte-americanos que aí têm uma base, algo que os EUA já aceitaram
Bandeiras do Níger e da Rússia, numa manifestação junto à embaixada de França, de apoio à junta militar, em Niamey
Os manifestantes reuniram-se a pedido de um grupo de 24 associações da sociedade civil que apoiam o regime militar que chegou ao poder através de um golpe de Estado em 26 de julho de 2023. As bandeiras do Burkina Faso, do Mali, do Níger e da Rússia eram visíveis na manifestação, disse a agência AFP. Uma grande faixa colocada pelos manifestantes dizia: “Estamos em Agadez, não em Washington, exército americano sai”.
“A nossa mensagem é clara: soldados americanos, façam as malas e vão para casa”, disse à AFP Issouf Emoud, líder do Movimento M62 em Agadez, que tinha organizado manifestações para exigir a partida dos soldados franceses.
Os EUA aceitaram retirar do Níger cerca de mil soldados, anunciaram vários responsáveis norte-americanos, depois de o regime militar de Niamey ter denunciado um acordo de cooperação.
O segundo comandante da diplomacia norte-americana, Kurt Campbell, aceitou o pedido das autoridades do Níger, durante um encontro em Washington com o primeiro-ministro, Ali Mahamane Lamine Zeine, disseram na sexta-feira à agência de notícias AFP responsáveis norte-americanos que pediram para não serem identificados.
O acordo prevê a ida de uma delegação norte-americana ao Níger nos próximos dias para acertar os pormenores da retirada. A televisão pública nigeriana já tinha anunciado essa deslocação na sexta-feira. Os EUA suspenderam a maior parte da cooperação, incluindo a militar, com o Níger depois do golpe de Estado que derrubou o Presidente eleito Mohamed Bazum, em 26 de julho.
Em março, o Níger denunciou o acordo de cooperação militar assinado com os EUA em 2012, alegando que este tinha sido “imposto unilateralmente” por Washington.
Os mil soldados norte-americanos presentes no Níger estão envolvidos na luta contra o extremismo islâmico no Sahel e têm uma importante base de drones em Agadez (norte).
Assim que chegou ao poder, o novo regime militar exigiu a partida dos soldados da antiga potência colonial francesa e aproximou-se da Rússia, tal como os vizinhos Mali e Burkina Faso, igualmente governados por militares. Em meados de janeiro, a Rússia anunciou que tinha concordado “em intensificar” a cooperação militar com o Níger.
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