Depois de mais de uma década de investimentos naquele que seria o primeiro automóvel da sua história, a tecnológica Apple decidiu desligar a luz e desistir do projecto que tinha como nome de código ‘Titan’. Sendo que, no momento de fazer as contas, o susto terá sido quase tão grande quanto a desilusão…
A notícia foi avançada pelo também norte-americano New York Times, com base num relatório interno da Apple a que o jornal terá tido acesso. E que, além de apurar os milhões de dólares gastos com o chamado projecto ‘Titan’, também aponta as razões que terão contribuído para o desperdiçar de dinheiro e, mais importante, que o projecto não tenha vingado!
De acordo com este documento, grande parte dos motivos que terão levado ao insucesso terão decorrido da incapacidade dos líderes da tecnológica norte-americana em definirem aquilo que verdadeiramente pretendiam criar. Com os objectivos do projecto a viajarem, ao longo dos anos, entre o propósito inicial de criação de um rival para os modelos Tesla, para terminarem no objectivo último que passava por desenvolver um automóvel 100% elétrico e autónomo, capaz de superar as conquistas já alcançadas pela Waymo.
Igualmente a contribuir para esta indefinição, o facto da Apple ter ido buscar engenheiros a entidades tão distintas quanto a Porsche ou a NASA, os quais, uma vez na tecnológica, ter-se-ão perdido entre, pelo menos, quatro lideranças distintas, as quais, por sua vez, tinham também visões muito diferentes do projecto.
Aliás e também segundo o relatório, as constantes mudanças terão, inclusivamente, levado a colocar sobre a mesa a possibilidade da marca da maçã adquirir a própria Tesla. Intenção que terá, mesmo, chegado ao ponto do encetar de conversações com Elon Musk, fundador da marca norte-americana de veículos elétricos, com este a recusar a venda.
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Ainda segundo o New York Times, aquando do (suposto) cancelamento do projecto ‘Titan’, já esta semana, a Apple teria a trabalhar no projecto mais de 2.000 colaboradores, os quais estariam agora a lidar com uma espécie de regresso à primeira fórmula: criar um automóvel 100% elétrico capaz de disputar mercado com a Tesla. Embora e segundo afirmam alguns rumores, a complexidade tecnológica do veículo fizesse prever um preço de comercialização acima dos 100 mil dólares, ou seja, pouco mais de 92 mil euros.
De resto e também a justificar este preço, surgia a necessidade de recuperar o forte investimento, feito pela Apple, ao longo da última década. O qual, garantem as mesmas fontes, terá mesmo suplantado os 10 mil milhões de euros; qualquer coisa como 9,2 mil milhões de euros, à cotação atual!…
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