FC Porto: a lição da democracia
FC Porto: a lição da democracia
27 de abril estava destinado a ficar na história do Futebol Clube do Porto, fosse quem fosse o vencedor das eleições do clube.
A intensidade da campanha eleitoral, o interesse mediático em redor da mesma, o choque geracional de um candidato com passado desportivo – mas sem experiência no dirigismo – que ousou desafiar o mais titulado dos dirigentes (sim, desde cedo se percebeu que Nuno Lobo estava ‘fora-de-jogo’…) prometia marcar um antes e um depois desta data.
O que ninguém esperava era um resultado com uma diferença tão expressiva – para qualquer dos lados – mas aconteceu.
O que alguns esperariam, depois da polémica Assembleia Geral de novembro, não aconteceu: problemas, desacatos, confusão, violência.
Em vez do caos, o clube – e os seus sócios – fizeram questão de dar uma demonstração de organização, de civismo e de urbanidade. Democracia e Liberdade. Numa adesão sem precedentes a um ato eleitoral do clube.
Um clube que mostrou estar vivo, mobilizador, com o seu orgulho muito próprio. Digno do coração de D. Pedro IV ou da Ordem da Torre e Espada que ostenta no seu emblema.
Um clube com passado, presente e futuro.
Villas-Boas está de parabéns, claro, pelo triunfo arrasador.
O Futebol Clube do Porto está de parabéns pelo exemplo retumbante.
Essa foi, desde logo, a maior vitória.