A floresta amazônica está realmente se aproximando de uma situação crítica? Cientistas respondem

A floresta amazônica está realmente se aproximando de uma situação crítica? Cientistas respondem

A floresta amazônica é simplesmente a maior floresta tropical do mundo e contém uma biodiversidade imensa. Ela se situa em parte no Brasil, mas também na Colômbia, Peru e em outros países da América do Sul.

Será que o desmatamento, crises hídricas e as perturbações climáticas realmente podem afetá-la em larga escala, ou isto está bem longe de acontecer? Um Estudo recente responde esta pergunta.

A floresta amazônica corre realmente risco?

Infelizmente a resposta é sim. Um estudo recente publicado na revista científica Nature afirma que em até 25 anos, pelo menos metade de toda a floresta amazônica pode entrar em estado crítico.

Segundo o estudo da Nature, as atividades humanas já impactaram a floresta demais e o ponto de segurança já foi ultrapassado. O ideal é iniciar uma restauração, ou pode não haver mais retorno.

Bernardo Flores, da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, principal autor do estudo, disse ter ficado surpreso com os resultados, já que ele esperava que o processo de declínio seria mais lento.

“Em 2050, acelerará rapidamente. Precisamos responder agora. Assim que ultrapassarmos o ponto crítico, perderemos o controle de como o sistema se comportará”, afirma Bernardo, que também diz que a floresta está se tornando mais fraca e homogênea.

Floresta pode entrar em processo de degradação “automático”

Não se trata apenas do desmatamento, mas também do aquecimento global, crises climáticas e hídricas. Tudo isto afeta a biodiversidade, que por sua vez gera um efeito de bola de neve. A floresta já ferida demais e o ponto onde não haverá retorno está próximo.

A coautora, Dra. Adriane Esquivel-Muelbert, do Instituto de Pesquisa Florestal de Birmingham, disse que as secas, queimadas e aumentos de temperatura podem afetar quais árvores integrarão o sistema florestal.

Em suma, existe a possibilidade de, em vez de a floresta amazônica se preservar como qualquer outro ambiente natural, na verdade ela entre em um processo de autodestruição, de modo que a perda florestal se reforçará por si só.

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