Alexei Navalny e dois cidadãos norte-americanos estariam prestes a ser trocados por Vadim Krasikov, um assassino do serviço de segurança russo que cumpre prisão perpétua na Alemanha.
Navalny foi morto porque ia ser trocado por outro preso, diz aliada do opositor
A assessora russa e aliada do opositor russo, Maria Pevchikh, alega que as autoridades russas assassinaram Alexei Navalny, algo que tem sido sempre negado pelo Kremlin, porque ia ser trocado.
Num vídeo partilhado nas redes sociais, esta segunda-feira, Maria afirma, em vídeo, que Navalny foi morto por estar prestes a ser trocado por Vadim Krasikov, um assassino dos serviços de segurança russos, que cumpre pena de prisão perpétua na Alemanha.
“”Recebi a confirmação de que as negociações estavam em curso, já sem Navalny, e na sua fase final. (…) Alexei Navalny poderia estar aqui sentado neste momento. Não é uma figura de estilo, podia e devia ter acontecido”, afirma Pevchikh no vídeo.
Washington e Berlim estavam ao corrente desta situação, afirmou, sem especificar exatamente qual o papel desempenhado pelos dois países nas discussões.
Depois de vários meses sem progressos, o acordo “voltou a ser posto em cima da mesa em dezembro” de 2023, disse Maria Pevtchikh.
Segundo a assessora, Vadim Krassikov, condenado a prisão perpétua pelo assassínio de um antigo separatista checheno num parque de Berlim em 2019, deveria ser incluído nesta troca de prisioneiros. De acordo com os tribunais alemães, o assassínio foi ordenado diretamente pelas autoridades russas, que sempre negaram qualquer envolvimento.
A Rússia detém vários cidadãos norte-americanos, entre os quais o jornalista do Wall Street Journal Evan Gershkovich, preso desde março de 2023 por “espionagem” — acusação que, tal como o empregador e a família, é rejeitada — e um antigo fuzileiro naval, Paul Whelan.
As circunstâncias da morte de Navalny, que comoveu pessoas em todo o mundo, continuam por esclarecer. Segundo os serviços prisionais russos, morreu de doença súbita “após um passeio”.
Vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, acusaram o Presidente russo Vladimir Putin de ser o responsável.
Entretanto, em Moscovo, o Kremlin negou hoje qualquer pressão sobre o funeral de Navalni, que morreu na prisão a 16 de fevereiro, depois de o corpo do opositor ter sido entregue à sua mãe.
“O Kremlin não tem nada a ver com isto. Naturalmente, o Kremlin não pode exercer pressão. Esta é mais uma declaração absurda dos seus apoiantes”, disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov, na conferência de imprensa telefónica diária.
Peskov recordou que “praticamente todos” os aliados do falecido líder da oposição “são procurados no estrangeiro”.
Quanto à entrega do corpo, negou que Putin, a quem a mãe se dirigiu através de uma carta e de um vídeo no YouTube, tenha tomado a decisão de devolver o corpo à família.
“O chefe de Estado não participa nessas questões (…). Isso não nos diz respeito e não é nossa prerrogativa”, sublinhou.
A mãe, Liudmila Navalnaya, recebeu o corpo no sábado, nove dias depois de o seu filho ter morrido em circunstâncias estranhas numa prisão do Ártico, no Distrito Autónomo de Yamalo-Nenets.
“O funeral está à nossa frente, mas não sabemos se as autoridades vão impedir que se realize, como a família deseja e como Alexei merece”, disse Kira Yarmish, porta-voz do líder da oposição.
Os correligionários do opositor denunciaram que o Comité de Investigação Russo (RIC), um organismo diretamente dependente do Kremlin, lançou na sexta-feira um ultimato à família para impedir manifestações públicas de repúdio contra o Kremlin.
Liudmila Navalnaya recusou-se a negociar com o RIC, argumentando que os seus investigadores “não têm o poder de decidir como e onde enterrar o seu filho”.
Segundo a oposição, o Kremlin seria favorável a um enterro privado, à semelhança do que aconteceu em agosto com o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, cuja morte num desastre aéreo é também atribuída a Putin pelos críticos do Kremlin.
Nas redes sociais, especula-se desde sábado sobre a data, o local e o formato do funeral, que poderá atrair milhares de apoiantes de Navalny.
O funeral poderá coincidir com o discurso de Putin sobre o Estado da Nação perante as duas câmaras do parlamento na quinta-feira.
Com LUSA
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