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A Suíça ostenta o título de ter um dos salários mais altos do mundo. Embora a nação não tenha um salário mínimo nacional por lei (cada cidade estabelece um piso), muitos estrangeiros escolhem morar no país dos alpes por causa da remuneração atraente. Profissionais com um perfil mais sênior são mais propensos a conseguirem empregos que garantem uma renda maior já que a nação reúne filiais de muitas empresas multinacionais. Veja o que brasileiros acham sobre trabalhar na Suíça.
Posições na área de tecnologia, como engenheiros de softwares, comunicação com governos, profissionais especializados em inteligência artificial e ciência de dados, estão entre os setores com mais demanda em multinacionais, avalia Nícolas Ferro, especialista sênior em aquisição de talentos executivos e inteligência de mercado da Philip Morris International (PMI).
“São áreas que vêm crescendo bastante nas empresas. Na Philip, por exemplo, temos uma procura alta em cargos de operação, que são posições de laboratório para quem vai fazer o desenvolvimento dos novos produtos, porque a empresa está passando por uma transformação muito forte”, afirma.
Dentro deste recorte do mercado de trabalho na Suíça, finanças, farmacêutica e manufatura também entram no leque de áreas com mais oportunidades para profissionais qualificados.
“Tem uma demanda forte por esses perfis e uma escassez de talentos no país porque há competitividade muito alta. Então, acabamos trazendo pessoas de fora para a Suíça, não só pela escassez, mas também para desenvolver esses profissionais”, ressalta Ferro.
Suíça é uma boa opção para profissionais seniores que desejam atuar em multinacionais. Foto: Adobe Stock
Como se preparar para as vagas
O país dos alpes reúne quatros idiomas a depender da região: alemão, francês, italiano ou inglês. Antes de se candidatar em uma seleção de emprego, é importante avaliar a língua usada na cidade em que a empresa atua.
O currículo entra como um forte aliado para se diferenciar de concorrentes. Segundo Nícolas Ferro, os detalhes do documento variam de acordo com o país estrangeiro. O primeiro passo é ter um material simples de ler e que não seja muito longo.
“Não precisa se prender a uma única página até porque os profissionais seniores vão ter mais dificuldade em resumir tudo. Precisa ser estruturado e estar vinculado com a posição e o objetivo da empresa. É importante fazer essa conexão”, orienta.
Em relação ao visto de trabalho, existem duas alternativas.
- A primeira e mais rápida é para brasileiros que possuem cidadania de algum país europeu. Neste caso, a pessoa tem direito a passar três meses na Suíça. Após esse período, é necessário comprovar vínculo empregatício para garantir autorização de residência.
- Já para brasileiros que não possuem cidadania europeia, é obrigatório ter um contrato de trabalho na Suíça antes de solicitar o pedido de visto.
As vagas podem ser encontradas em sites de emprego. Veja algumas opções:
- Jobs: até o momento da publicação desta matéria, oferecia mais de 83 mil vagas em cerca de 10 mil empresas. O maior número de ofertas é voltado para construção, arquitetura e engenharia (7.451 vagas), seguido por medicina e psicologia (5.941). Em terceiro lugar, vendas e atendimento ao cliente (4.955).
- Swiss: a plataforma é gerenciada pela Secretaria de Estado dos Assuntos Económicos (Seco), órgão suíço responsável por assuntos do mercado de trabalho no país. No site, é possível filtrar por campo de atuação e tipo de contrato (jornada integral ou parcial).
- Jobup: o site oferece mais de 70 mil vagas. Indústria, manufatura, construção, engenharia civil, tecnologia e medicina lideram a maioria das oportunidades.
Outra opção é se candidatar em vagas divulgadas no LinkedIn. “Quando falamos de posições a partir de média gerência, o LinkedIn acaba sendo a principal plataforma para ter acesso a esses profissionais”, aponta o especialista Nícolas Ferro.
Panorama de profissionais
Cerca de 4 mil profissionais formados em universidades brasileiras (cadastrados no LinkedIn) atuam no mercado de trabalho da Suíça, conforme dados da ferramenta Talent Insights.
Zurique, Genebra e Lusanne são as cidades com maior quantidade de vagas, segundo informações da ferramenta. As cinco universidades brasileiras com mais egressos empregados na Suíça são de São Paulo. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) ocupa o primeiro lugar.
Administração, economia, direito, marketing e comércio estão entre as profissões predominantes nas vagas ocupadas, aponta o relatório do LinkedIn. As softs skills também se tornam atributos essenciais para trabalhadores que almejam disputar cargos seniores.
“Vemos a gestão de tecnologia e de clientes como habilidades importantes. Essas competências acabam sendo mais relevantes até do que as competências técnicas. Porque o quesito técnico conseguimos desenvolver. Mas o comportamental é um pouco mais difícil”, aponta Ferro.
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