A descoberta de que microorganismos podem ser responsáveis por desencadear doenças diferentes daquelas com as quais eles estão inicialmente associados é frequente na pesquisa médica. Um novo estudo realizado por cientistas da Universidade de Harvard, dos EUA, e recentemente publicado pela revista científica Science, trouxe mais uma peça importante para montar o quebra-cabeça de uma doença degenerativa que atinge três milhões de pessoas no mundo: a esclerose múltipla.

Descobriu-se que a enfermidade pode também ser provocada por uma infecção viral. Os pesquisadores basearam-se na análise dos exames de sangue de dez milhões de militares norte-americanos e constataram evidencias de que a contaminação por Epstein-Barr é o gatilho responsável pela ocorrência da moléstia. Esse patógeno contamina 95% da população adulta, mas poucas pessoas desenvolvem a mononucleoase, infecção característica do vírus, também conhecida como a doença do beijo.
Pode soar estranho o fato de um mero micróbio gerador de uma debilidade leve, que tem sintomas e tratamento semelhantes aos de uma gripe forte, ter papel determinante no desencadeamento de um problema tão sério como é a esclerose múltipla, um distúrbio crônico, degenerativo e frequentemente irreversível. O neurologista do Hospital das Clínicas Frederico Jorge explica que o robusto estudo permitiu compreender um comportamento diferenciado das células de defesa. “O sistema imune confunde os vírus com neurônios”, disse. Além disso, o médico diz que como se trata de um gatilho, geralmente a pessoa já tem uma predisposição. “Há outros fatores que podem causar a doença”. diz Jorge. O segundo aspecto que chamou a atenção para o trabalho dos pesquisadores de Harvard foi observar que a incidência da esclerose múltipla aumentou 32 vezes após o contágio pelo Epstein-Barr, porém nenhuma mudança foi percebida depois que os mesmos soldados foram infectados por outros vírus. Sendo a esclerose múltipla uma enfermidade rara, autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico do individuo ataca o sistema nervoso central, especificamente as células nervosas do cérebro e da medula espinhal, ocasionando diversas limitações físicas ao doente, o descobrimento de mais uma peça do quebra-cabeça é importante para descobrir novos caminhos de tratamento para a esclerose múltipla.

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