A EDP aumentou a sua capacidade instalada no primeiro trimestre, mas viu a produção recuar 1%. Maior queda teve o negócio de comercialização de eletricidade na Península Ibérica, com a EDP a perder clientes e a fornecer menos energia do que no ano passado
Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da EDP.
O grupo EDP fechou o primeiro trimestre com uma queda de 14% na comercialização de eletricidade na Península Ibérica, para 7261 gigawatt hora (GWh), revelou a empresa na divulgação ao mercado dos dados operacionais do arranque do ano.
Segundo o documento enviado esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a venda de eletricidade em Portugal no mercado liberalizado caiu 6%, para 4429 GWh, enquanto no mercado regulado baixou 16%, para 798 GWh. Em Espanha a queda foi mais pronunciada: a comercialização de eletricidade pela EDP desceu 29%, para 2034 GWh.
Estas descidas refletiram no mercado português uma perda de clientes, com o número de de clientes no mercado livre a baixar 5%, para 3,68 milhões, e no mercado regulado a cair 7%, para 902 mil. Em Espanha o número de clientes permaneceu estável mas houve uma queda nas vendas a grandes clientes empresariais, explica a EDP.
No que respeita à comercialização de gás na Península Ibérica a EDP também registou uma queda de 18% no primeiro trimestre, para 1441 GWh, com particular destaque para a descida das vendas no mercado liberalizado em Portugal.
Produção desliza 1%
Por outro lado, no negócio da produção de eletricidade a EDP teve a nível global um ligeiro recuo, com o volume de eletricidade produzida no primeiro trimestre a baixar 1% em termos homólogos, para 17.405 GWh.
Este deslize ocorreu apesar de a capacidade instalada do grupo até ter crescido 3%, para 29.042 megawatts (MW).
A EDP apresentará os seus resultados do primeiro trimestre a 9 de maio.
Esta quinta-feira, em entrevista ao “Jornal de Negócios”, o presidente executivo da elétrica, Miguel Stilwell de Andrade, reitera a expectativa de manutenção do lucro recorrente da EDP este ano em torno dos 1,3 mil milhões de euros, mas admite que “2025 e 2026 serão bastante mais difíceis” para o grupo.
O gestor espera que nesse período as receitas baixem, nomeadamente ao nível dos preços médios de venda de eletricidade, mas os custos de financiamento permaneçam elevados, pressionando as contas do grupo.
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