
A Cultura, a música e os poemas são os grandes homenageados do Dia Mundial da Língua Portuguesa. Reunidos em Luanda à margem de vários eventos que visam assinalar a capital angolana como Capital da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), escritores da comunidade debateram sobre o impacto da língua na difusão das suas obras.
Acho que a língua portuguesa, se tratando do meu país, o Brasil, falando da minha experiência e do lugar de onde venho, acho que ela consegue chegar em muitos lugares do mundo, através da música, das novelas, da nossa literatura
Ana Cunha Ilustradora, Brasil
O escritor angolano Lopito Feijó considera fundamental o papel que o Instituto Camões vem desempenhando ao longo dos anos na difusão das obras dos artistas da CPLP:
“Na verdade, o Instituto Camões tem desempenhado um papel muito importante ali onde ele está implantado, porque está ligado a um centro cultural, que tem desempenhado um papel de muita importância mesmo aqui no nosso contexto. As traduções são fundamentais, mas as traduções que nós sabemos, são traições.”
As Nações Unidas estimam que, até 2033, a língua portuguesa seja falada por quase 500 milhões de pessoas tendo em conta o crescimento demográfico de Angola e Moçambique.
Somos 260 milhões de pessoas a falar português, é de facto uma comunidade extraordinária. Em Portugal temos vindo a trabalhar naturalmente a língua portuguesa sempre em parceria com os países da CPLP, e a promover alguns projetos específicos, designadamente em matéria de turismo literário, fazendo conhecer os nossos autores, as nossas histórias, e orgulhamo-nos desses grandes ativos e promovemos além-fronteiras.”
Rita Marques Secretária de Estado do Turismo, Portugal
Para o secretário-geral da CPLP, Zacarias da Costa, o português é uma língua em franco crescimento e tem vindo a ser adotada por várias organizações internacionais como língua de trabalho:
“A nível internacional temos mais de trinta e duas organizações que já usam o português como língua de trabalho. Ainda recentemente, no ano passado, o Conselho de Arquitetos conseguiu com êxito que a língua portuguesa fosse uma das línguas oficiais da União Internacional de Arquitetura. E sei que a Associação dos Contabilistas e Auditores Internacionais está a trabalhar no sentido do português ser a língua oficial.
Obviamente que a nível das Nações Unidas é um pouco mais difícil porque isto representa um investimento de milhões, naturalmente é difícil esperar que a língua seja uma das línguas de trabalho das Nações Unidas.”
A correspondente da euronews em Angola, Neusa e Silva, lembra que “mais uma vez a língua portuguesa serve de ponte, reunindo no Palácio de Ferro, um local centenário [de Luanda], músicos, escritores e diplomatas da Comunidade de Países de Língua Portuguesa” .
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