A queda estrondosa de Kanye West. O pior de tudo? Isto ainda não acabou
Tudo se desmoronou. O casamento estelar, os contratos bilionários, a credibilidade, a música. Em “Vultures 1”, o álbum que Kanye West lançou a meias com Ty Dolla $ign, encontramos os restos retorcidos do homem que em tempos declarou “George Bush doesn’t care about black people”, mas que entretanto achou boa ideia usar uma t-shirt com a inscrição “white lives matter” e propagar um antissemitismo boçal. O rapper que há exatamente vinte anos reclamou a atenção do mundo deixa agora atrás de si um rasto de destruição. E não é bonito de se ver
Kanye West em 2004 (à esq.) e em 2024 (à dir.)
Grandes multidões são atraídas por grandes eventos – artísticos, políticos, desportivos. Ou então por grandes desastres. Os números nas tabelas de streaming afastam quaisquer dúvidas sobre a capacidade de “Vultures 1” atrair grandes multidões. Resta perceber se o álbum colaborativo de Kanye “Ye” West e Ty Dolla $ign – parceria identificada como ¥$ – deve ser encarado como um triunfo artístico ou um desastre de proporções épicas.
A verdade é que, para chegar até ao primeiro trabalho que a controversa estrela pop lança depois de “Donda” (2021), há que percorrer um longo caminho, repleto de destroços e escombros – ali as ruínas de um bilionário contrato com a Adidas, mais adiante, já em cinzas, uma candidatura à presidência dos Estados Unidos, logo depois os restos retorcidos da credibilidade do homem que em tempos declarou George Bush doesn’t care about black people, mas que achou boa ideia, mais recentemente, usar uma t-shirt com a inscrição white lives matter.
Para ler este artigo na íntegra clique aqui