Por Brenda Goh
CINGAPURA (Reuters) – A Embraer está sendo menos afetada do que algumas outras fabricantes de aeronaves pelos problemas com os motores Pratt & Whitney, mas não está imune, disse um executivo sênior da companhia brasileira nesta terça-feira.
A Embraer tem confiança na Pratt & Whitney e tem um “relacionamento próximo e conectado” que ajudará as partes a resolverem os problemas com os motores, disse o diretor comercial da Embraer Aviação Comercial, Martyn Holmes, durante a feira de aviação de Cingapura.
“Somos menos afetados, não estamos imunes. E tendo passado por essas coisas no meu próprio passado, com motores e outras coisas, tenho que dizer que acho que a Pratt & Whitney está lidando bem com isso”, disse o executivo a jornalistas.
Os clientes com quem ele conversou nos últimos meses elogiaram a Pratt & Whitney por seu engajamento, acrescentou.
“O que estamos vendo é que a Pratt & Whitney tem uma linha de visão clara… A Pratt & Whitney arregaçou as mangas, está conversando com os clientes e trabalhando em soluções”, disse ele.
Os comentários de Holmes reiteraram a confiança que a Embraer expressou em maio em relação à fabricante de motores norte-americana, quando disse que não via nenhum impacto nas vendas de seus aviões decorrente dos problemas da Pratt & Whitney. Naquela ocasião, a Embraer afirmou que havia enfrentado apenas um quarto dos problemas observados em outros lugares, com 12 de suas aeronaves com voos suspensos.
Os motores GTF da Pratt & Whitney, subsidiária da RTX, que são usados nos jatos E2 da Embraer, Airbus A220 e Airbus A320, estão sendo submetidos a uma inspeção para verificar a existência de componentes potencialmente defeituosos que forçaram as companhias aéreas a suspenderem temporariamente voos com essas aeronaves.
Os jatos E190-E2 e E195-E2 receberam certificação de tipo do órgão regulador de aviação da China em 2022 e 2023. O presidente-executivo da Embraer disse estar “trabalhando arduamente” para conquistar encomendas no país, onde tem buscado novos negócios desde o fechamento de uma joint venture em 2016.
“Na China, estamos trabalhando em três frentes: estamos trabalhando com clientes potenciais para vender alguns E2s, estamos trabalhando com parceiros potenciais e estamos trabalhando com autoridades governamentais”, disse Francisco Gomes Neto.
Na feira de Cingapura, a Embraer também anunciou que assinou um contrato com a Scoot, subsidiária de baixo custo da Singapore Airlines, para um programa de gerenciamento de estoque de peças sobressalentes destinado a ajudar clientes a reduzirem custos operacionais por meio da otimização dos níveis de inventários.
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