Tudo o que você precisa saber antes de assistir Fallout

Em 2023, as adaptações de jogos como The Last of Us e Super Mario Bros. O Filme brilharam nas telas, cativando fãs e críticos. Agora, em 2024, Fallout é responsável por manter o legado do ano passado e manter o padrão de qualidade.

Ambientada em um fascinante universo pós-apocalíptico retrofuturista, a nova série é produzida pelo Prime Video. Então, antes de embarcar nessa jornada, preparamos um guia, perfeito tanto para veteranos da franquia, que desejam relembrar alguma informação, quanto para novatos, que estão ansiosos para a produção.

Quem são os produtores de Fallout?

A adaptação da Amazon Prime Video de um renomado título de videogame é gerida por uma equipe criativa com experiência diversa em diferentes mídias. Geneva Robertson-Dworet e Graham Wagner atuam como co-showrunners, trazendo experiência de projetos anteriores. Robertson-Dworet colaborou como roteirista em produções como Tomb Raider e Capitã Marvel, enquanto Wagner trabalhou na série Silicon Valley da HBO como coprodutor executivo, elogiado por sua habilidade em tecer sátiras afiadas e autenticidade narrativa.

Jonathan Nolan e Lisa Joy juntam-se ao projeto, com Nolan dirigindo o primeiro episódio. Eles têm experiência com a série Westworld, demonstrando habilidade em narrativas complexas. Além disso, Todd Howard, da Bethesda, desempenha um papel semelhante ao de Neil Druckmann em The Last of Us, atuando como coprodutor executivo.

Essa colaboração visa unir conhecimento dos videogames e da produção televisiva, prometendo uma adaptação que respeite a essência do jogo original, entregando aos fãs e os novos espectadores uma narrativa que possam apreciar.

Quem são os atores da série?

Lucy será uma das personagens principais da série. Imagem: Reprodução/Amazon

A nova série da Amazon Prime Video traz um elenco conhecido dos telespectadores, que promete dar vida a personagens vibrantes e complexos, cada um com sua própria história para contar em um mundo pós-apocalíptico.

Ella Purnell assume o papel de Lucy, uma moradora otimista dos Vaults, cuja natureza pacífica é posta à prova em tempos de conflito. Purnell, uma atriz britânica em ascensão, já deixou sua marca em diversas produções notáveis. Seus trabalhos anteriores incluem o papel de Jackie em Yellowjackets e a protagonista em Sweetbitter da HBO. Assim como também participações no cinema como a jovem Malévola ao lado de Angelina Jolie, Army of The Dead da Netflix, O Lar das Crianças Peculiares e A Lenda de Tarzan, sendo uma atriz versátil.

Maximus mostrará um pouco mais da Brotherhood of Steel no universo da franquia. Imagem: Reprodução/Amazon.

Já Aaron Moten dá vida a Maximus, um jovem soldado da facção paramilitar Irmandade de Aço (Brotherhood of Steel). Por meio de um passado trágico e uma forte crença na missão da Irmandade, ele tem tudo para ser um personagem complexo. Moten, conhecido por suas atuações em Mozart in the Jungle e Disjointed, além de papéis em filmes como A Transfiguração e Emancipation.

Walton Goggins, interpretando The Ghoul, um caçador de recompensas com um passado misterioso e também é praticamente irreconhecível sob a maquiagem do personagem. O ator, que possui uma carreira diversificada, é outro que também possui um vasto currículo, com papéis em Os Oito Odiados, Tomb Raider: A Origem e Homem-Formiga e a Vespa. Sua vasta experiência em interpretar personagens complexos promete que seu papel na série será memorável aos fãs. Além disso, ele também é esperado na próxima temporada de The White Lotus, adicionando ainda mais à sua já impressionante carreira.

Os ghouls são humanos que não ficaram em abrigos e foram expostos a radiação nuclear. Imagem: Reprodução/Amazon

Outro personagem presente na série será o CX404, um cão que promete ser mais que apenas um mascote. Este companheiro canino não apenas traz um toque de lealdade e amizade para os personagens, mas também espera-se que ofereça momentos de alívio e carinho no cenário desolado. CX404, embora envolto em mistério, é uma homenagem não só aos laços entre humanos e animais, como também referência ao Dogmeat, personagem presente em diversos jogos do universo.

Por fim, outros atores que estarão presentes em Fallout são Moisés Arias (The King of Staten Island), Kyle MacLachlan (Twin Peaks), Sarita Choudhury (Homeland), Michael Emerson (Person of Interest), Leslie Uggams (Deadpool), Frances Turner (The Boys), Dave Register (Heightened), Zach Cherry (Severance), Johnny Pemberton (Ant-Man), Rodrigo Luzzi (Dead Ringers), Annabel O’Hagan (Law & Order: SVU), e Xelia Mendes-Jones (The Wheel of Time).

Qual a história de Fallout?

A história de Fallout brinca com a nossa realidade. Imagem: Reprodução/Bethesda

“A guerra, a guerra nunca muda.” Esse é o slogan que explica qual é a história de Fallout, uma série de videogames que capturou a imaginação de jogadores em todo o mundo com sua visão única de um futuro pós-apocalíptico. Através dos olhos de sobreviventes emergindo de abrigos subterrâneos conhecidos como Vaults, os jogadores exploram um mundo devastado por um conflito nuclear, onde a luta pela sobrevivência é constante e a moralidade, frequentemente, uma área cinzenta.

O universo de Fallout se diferencia de outras representações pós-apocalípticas por sua estética e tecnologia inspiradas na era atômica dos anos 1950, uma época de otimismo tecnológico e medo nuclear. Esta escolha de design não é meramente estética; ela se enraíza profundamente em todos os pontos desse universo, já que a divergência tecnológica é um aspecto fundamental do mundo, onde a tecnologia avançou em direções distintas da nossa, não por falta de inovação, mas devido à ausência do micro transistor.

No universo de Fallout, o micro transistor, um componente crucial no desenvolvimento de eletrônicos compactos e eficientes na nossa realidade, foi inventado muito tarde, pouco antes do grande conflito nuclear que devastou o mundo. Isso significa que, enquanto a humanidade alcançava grandes feitos como a colonização do espaço e o desenvolvimento de robôs sofisticados, essas tecnologias permaneciam grandes, desajeitadas e ineficientes em comparação com os dispositivos modernos a que estamos acostumados. Essa peculiaridade tecnológica levou a um mundo onde os designs futurísticos dos anos 1950 e a tecnologia nuclear são predominantes, criando uma atmosfera única de retrofuturismo.

A tecnologia desse mundo não passou por transformações como no nosso. Imagem: Reprodução/Obisdian

No coração da história de Fallout está a guerra entre os Estados Unidos e a China, um conflito alimentado por tensões geopolíticas e a escassez de recursos naturais, principalmente petróleo e minerais. Essas duas superpotências, desesperadas para assegurar sua própria sobrevivência e hegemonia, mergulharam o mundo em uma guerra fria que rapidamente esquentou. A escalada culminou com a troca de bombas atômicas, um apocalipse nuclear que aniquilou cidades inteiras, alterou drasticamente o clima do planeta e dizimou grande parte da vida na Terra.

Curiosamente, o jogo deixa intencionalmente ambíguo quem lançou as bombas primeiro, simbolizando a ideia de que, no final, a origem do conflito se torna irrelevante diante da magnitude da destruição causada. Este evento catastrófico, conhecido simplesmente como “A Grande Guerra”, durou apenas duas horas, mas suas consequências foram eternas, transformando a Terra em um deserto radioativo e dando início à era sombria em que os jogos retratam.

A narrativa de Fallout gira em torno da sobrevivência em um mundo desolado, longos anos após a queda das bombas nucleares. Os Estados Unidos, divididos em várias facções, territórios e comunidades isoladas, lutam não apenas contra a radiação, mas contra si mesmos. Gangues de saqueadores, comunidades agrícolas pacíficas, cidades-estado totalitárias e movimentos militares emergem das cinzas, cada um com sua visão para o futuro da humanidade.

Os Vaults, parte central da experiência de Fallout, foram vendidos ao público como abrigos nucleares projetados para proteger a população dessa guerra nuclear. No entanto, muitos desses locais eram, na verdade, experimentos sociais e psicológicos conduzidos por uma organização enigmática conhecida como Vault-Tec. Cada uma tinha seu próprio “experimento”, variando de manipulações sociais benignas a testes extremamente éticos e mortais. Os jogadores, emergindo geralmente de um desses Vaults, são lançados em um mundo que é ao mesmo tempo, estranhamente familiar e inegavelmente alienígena.

Vendidos como um porto seguro para a população, os Vaults escondiam segredos bizarros. Imagem: Reprodução/Amazon

O que torna Fallout particularmente fascinante é a forma como ele explora temas de moralidade, escolha e consequência. Os jogadores não são apenas confrontados com a luta pela sobrevivência, mas também com decisões que afetam o destino de comunidades inteiras. Essas escolhas moldam o mundo ao redor de nós, alterando o curso da história e o destino dos que nele habitam.

A série também é conhecida por sua crítica social e política, muitas vezes apresentando uma visão satírica de ideais americanos, o consumismo desenfreado e a paranoia da Guerra Fria que definiram o século XX. Em meio à devastação, os resquícios da cultura pré-guerra persistem, servindo como um lembrete sombrio do que foi perdido e do que poderia ter sido.

Além das tensões humanas, o mundo de Fallout é habitado por uma variedade de criaturas mutantes, resultado direto da exposição à radiação e ao experimento genético. Desde ghouls, humanos que foram expostos à radiação e sobreviveram, transformando-se em seres com vida prolongada, mas com aparência cadavérica, até super mutantes, criaturas gigantescas e agressivas criadas através da exposição ao Vírus Evolutivo Forçado (FEV).

Fallout não é apenas uma série de jogos sobre sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico; é uma meditação sobre a condição humana, explorando como as pessoas se adaptam, sobrevivem e, em alguns casos, prosperam em face da destruição total. É uma crônica das profundezas e das alturas do espírito humano, um estudo sobre como a guerra muda tudo e, ao mesmo tempo, nada.

As Facções

Agora que você entendeu um pouco sobre a história do universo de Fallout, é crucial reconhecer que a reabertura dos abrigos nucleares foi apenas o início. À medida que os sobreviventes começaram a repovoar o mundo devastado, várias facções emergiram, cada uma moldada por suas próprias ideologias e objetivos. Neste novo cenário, a luta pelo poder, recursos e a visão de um futuro reconstruído deram origem a complexas dinâmicas sociais. Entre essas facções, três terão um destaque confirmado na série: Brotherhood of Steel, New Republic of California e Enclave. Vamos mergulhar nos detalhes de cada uma para entender melhor sua origem e o papel que desempenham no pós-apocalipse.

Brotherhood of Steel

A Brotherhood of Steel é conhecida pelas armaduras. Imagem: Reprodução/Amazon

Originando-se dos remanescentes militares dos EUA após o cataclismo nuclear, a Brotherhood of Steel adota a preservação e o acúmulo de tecnologia como principais mandamentos. Com estrutura rígida e disciplina inabalável, seus membros vestem as famosas Power Armor, um símbolo de seu poder e de seu compromisso com a causa. Convictos de que salvaguardar o conhecimento tecnológico é vital para o futuro da humanidade, eles operam sob o lema de que as falhas do passado não devem ser repetidas. No entanto, essa nobreza de intenções muitas vezes se choca com sua política de isolamento e hesitação em dividir recursos com os que habitam o wasteland, vistos por muitos como uma barreira para a reconstrução da sociedade.

Adicionalmente, a Brotherhood se vê como a guardiã da moralidade tecnológica, acreditando que certas tecnologias são perigosas demais para serem compartilhadas ou mesmo descobertas por aqueles fora de seus círculos. Esse zelo pela proteção da tecnologia muitas vezes os coloca em rota de colisão com facções que buscam avanços tecnológicos para seus próprios fins, sejam eles altruístas ou nefastos, levantando questões sobre a ética do conhecimento e do poder.

New Republic of California

A bandeira da NCR é uma paródia da versão da Califórnia. Imagem: Reprodução/Bethesda

A New Republic of California (NCR) se ergueu das cinzas como um farol de esperança, visando estabelecer uma sociedade democrática e estável em meio ao caos pós-apocalíptico. Fundada sobre os princípios de ordem, democracia e progresso, a NCR rapidamente se expandiu, trazendo sob sua bandeira territórios antes assolados pela anarquia. Seu governo é um dos poucos exemplos de tentativa de restauração da ordem civil com base em leis, economia estável e direitos civis, mirando um espelho distorcido da sociedade pré-guerra.

Entretanto, o crescimento acelerado da NCR não veio sem seus desafios. A expansão territorial frequentemente resulta em confrontos com outras facções e tribos, enquanto a corrupção interna ameaça os ideais fundacionais da república. Esses desafios sublinham a difícil balança entre manter os ideais democráticos e enfrentar a realidade de governar em um mundo devastado, onde a lei do mais forte frequentemente prevalece sobre o estado de direito.

Enclave

A Enclave foi a principal antagonista durante os primeiros jogos. Imagem: Reprodução/Bethesda

O Enclave, autointitulado herdeiro do governo dos Estados Unidos pré-apocalipse, opera a partir de bastiões isolados, armado com tecnologia avançada. Seu objetivo é a instauração de um novo mundo purificado, livre das marcas da radiação e mutação, uma visão que justifica suas ações autoritárias e, muitas vezes, tirânicas. Com um arsenal tecnológico superior e uma estrutura de poder remanescente dos dias antes da catástrofe, o Enclave se posiciona como a facção com a visão mais elitista e purista para o futuro da humanidade.

Sua determinação em alcançar um ideal de pureza humana os torna antagonistas diretos de praticamente todas as outras facções e sobreviventes do wasteland. A utilização de métodos extremos para alcançar seus fins coloca o Enclave em constante estado de guerra, não apenas contra outras facções, mas contra o próprio conceito de humanidade reconstruída nas novas condições do mundo. A presença do Enclave adiciona uma camada complexa ao universo de Fallout, representando o perigo de ideologias extremistas levadas ao poder absoluto.

Precisa ter jogado os jogos?

A série de TV de Fallout não exige que os espectadores tenham jogado os videogames antes de assisti-la. Mesmo sem experiência prévia, a narrativa oferecerá uma introdução acessível ao universo do jogo. Ambientada em Los Angeles, Califórnia, o mesmo cenário do primeiro jogo da franquia, a produção promete expandir para outras localidades no ermo. Isso oferece uma oportunidade empolgante para os fãs explorarem um novo lado do mundo pós-apocalíptico desse universo.

Por mais que os fãs de longa data possam se deliciar com as referências e easter eggs que conectam a série à sua contraparte nos videogames, os produtores garantem que a série será acessível para todos os públicos. A narrativa será autônoma, com personagens e enredos originais, permitindo que até mesmo aqueles que nunca ouviram falar de Fallout mergulhem na história.

Uma abordagem diferente do que foi realizado em The Last of Us, por exemplo, outra adaptação de jogos de videogame para o formato de série, que optou por reproduzir a história dos jogos de forma fiel ao que foi experimentado nos consoles da Sony. Agora, nos resta esperar para ver se essa abordagem da Amazon com Fallout também será bem recebida pelos fãs.

A série é cannon?

A série de TV do Prime Video será considerada canon para os jogos da franquia Fallout. Isso implica que os eventos e personagens apresentados na série farão parte oficialmente do universo de Fallout, enriquecendo a narrativa geral.

No entanto, é importante ressaltar que a série de TV não será uma continuação direta das histórias dos jogos. De acordo com Todd Howard, co-produtor da série, ela não será tratada como um Fallout 5. Em vez disso, a série é concebida como uma entidade única, com sua própria narrativa distinta. A produção da próxima entrada na franquia de jogos ainda está em andamento, e muitos dos conceitos criativos envolvidos não serão explorados na série de TV.

Bethesda ou Obsidian?

A história da Bethesda e da Obsidian com a franquia Fallout é marcada por distintas abordagens na criação deste universo pós-apocalíptico. Ambas as empresas são reconhecidas por suas contribuições ao mundo dos jogos de RPG, mas cada uma tem seu próprio estilo e visão sobre o que Fallout representa. Isso se reflete não apenas nos jogos que desenvolveram mas também influencia as expectativas em torno de adaptações, como a série da Amazon Prime, que segue mais a linha da Bethesda, atual detentora dos direitos da franquia.

A Bethesda Softworks é conhecida por revitalizar a franquia com o lançamento de Fallout 3, em 2008. Esse jogo trouxe uma mudança significativa para a série, adotando uma perspectiva de primeira pessoa (ou terceira, se o jogador preferir) em um mundo aberto e detalhadamente construído. A visão deles para Fallout é focada em explorar vastos desertos nucleares, encontrar comunidades únicas e enfrentar as consequências de um mundo devastado por uma guerra nuclear.

Suas histórias são grandiosas, com enredos que abrangem grandes facções lutando pelo controle desse mundo fragmentado. A Bethesda deu ênfase à exploração, à customização extensiva e à liberdade do jogador em tomar algumas decisões que afetam o mundo ao seu redor. Embora essa abordagem tenha atraído um público amplo e novo para a franquia, também deslocou o foco de aspectos narrativos mais densos e personagens complexos, características estas que eram mais proeminentes nas entregas anteriores de Fallout.

Por outro lado, a Obsidian Entertainment, formada por veteranos da Black Isle Studios (o estúdio original por trás dos primeiros jogos Fallout), pegou as rédeas da franquia brevemente para desenvolver Fallout: New Vegas em 2010. Eles foram celebrados por sua abordagem profundamente narrativa, que enfatiza personagens ricos, diálogos complexos e escolhas morais que têm consequências reais no mundo do jogo.

Em sua obra, a Obsidian combinou elementos de jogabilidade introduzidos pela Bethesda em Fallout 3 com uma narrativa fortemente influenciada pelo estilo dos jogos originais. Isso resultou em um jogo que é frequentemente citado pelos fãs da franquia como tendo algumas das melhores escritas e desenvolvimento de personagens em toda a série. A empresa apostou em uma experiência que priorizava a história e as escolhas do jogador, mantendo ao mesmo tempo a exploração e o combate que os fãs haviam gostado em Fallout 3.

Essas duas abordagens distintas ao universo de Fallout criaram, ao longo dos anos, dois campos de fãs com preferências diferentes. Alguns preferem a imersão e a liberdade dos mundos abertos da Bethesda, enquanto outros valorizam a profundidade narrativa e a complexidade das escolhas morais que a Obsidian trouxe para a série. Isso leva a um ponto de tensão quando se fala em adaptações da franquia, como a série em desenvolvimento pela Amazon Prime.

Com a Bethesda detendo os direitos de Fallout, é natural que a série de TV siga mais de perto a visão da empresa para o universo do jogo. Isso significa que a série provavelmente enfatizará a exploração de um vasto mundo pós-apocalíptico, com ênfase em visuais impressionantes e na sensação de aventura em um cenário devastado pela guerra nuclear.

A briga entre Bethesda e Obisidian divide os fãs da franquia. Imagem: Reprodução/Amazon

No entanto, essa abordagem pode não satisfazer completamente os fãs mais antigos da franquia, que se apaixonaram pelos aspectos narrativos profundos e pelas escolhas morais complexas dos primeiros jogos e de New Vegas. A preocupação é que a série possa priorizar a ação e a exploração em detrimento do desenvolvimento de personagens e da narrativa, elementos que muitos consideram ser a essência de Fallout.

Contudo, é importante reconhecer que ambas as empresas, Bethesda e Obsidian, trouxeram contribuições valiosas para a franquia, cada uma com suas próprias forças. A primeira expandiu o alcance da franquia, transformando-a numa série de sucesso mundial com um apelo mais amplo, ao passo que a segunda enriqueceu o universo com suas narrativas complexas e personagens memoráveis. Cada abordagem tem seu valor e ressoa de maneira diferente com partes diversas da base de fãs.

Ao final, a série da Amazon Prime, seguindo a lógica da Bethesda, tem o potencial de trazer Fallout para um público ainda mais amplo, apresentando a muitos a rica lore e o mundo fascinante que a franquia oferece. Ao mesmo tempo, pode haver espaço para a série explorar aspectos narrativos mais profundos, talvez trazendo um equilíbrio entre as duas visões.

Afinal, o universo é vasto e multifacetado, com potencial para abranger uma gama ampla de histórias e temas. Assim, embora a preferência por uma abordagem específica possa variar entre os fãs, o mais importante é que Fallout continue a ser um veículo para contar histórias envolventes e apresentar questões morais complexas, seja nos jogos ou na tela da TV.

Quantos episódios terá a primeira temporada?

Tudo o que você precisa saber antes de assistir Fallout. Nova série do Prime Video retratará um mundo pós-apocalíptico único. Veja o que você precisa saber antes de mergulhar nesse universo onde a guerra, a guerra nunca muda.

A série terá um total de 8 episódios e, numa abordagem diferente das demais séries da Amazon, todos os capítulos serão lançados simultaneamente, seguindo um modelo semelhante ao da Netflix. Quanto à duração, não há detalhes oficiais ainda, mas rumores sugerem que o primeiro episódio pode ter cerca de uma hora, com os episódios restantes variando entre 40 a 50 minutos. Isso levaria a uma duração total da temporada de aproximadamente 7 horas e 30 minutos.

Quando estreia a série?

A aguardada série fará sua estreia na hoje (quarta-feira), dia 10, Às 22h no Prime Video. Para quem estiver ansioso e quiser ter um gostinho do que está por vir, haverá uma oportunidade especial: o primeiro episódio será exibido gratuitamente através da Twitch por streamers selecionados. Esta é uma forma interessante de promover a série, permitindo que os espectadores tenham um contato inicial com o universo de Fallout antes de mergulhar completamente através do Prime Video.

No entanto, vale notar que esta pré-estreia exclusiva será limitada a apenas quinze streamers, todos falando inglês. Isso significa que, para os fãs brasileiros que esperavam acompanhar o lançamento em português, seja dublado ou legendado, essa opção não estará disponível. Portanto, para desfrutar da série Fallout com todas as opções de idioma, incluindo o português, será necessário acessar o Prime Video, onde todos os oito episódios estarão disponíveis.

E essas são as informações que você precisa saber antes de mergulhar nesse universo complexo e ao mesmo tempo cômico de Fallout. Está ansioso para a série? Fale suas expectativas nos comentários!

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FONTES: Twitch, Fallout Wiki e Amazon

Revisão do texto feita por: Pedro Bomfim

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