Pito brilha, Brasil põe fim no fantasma da Argentina e retoma a hegemonia da Copa América
No sábado de carnaval, o Brasil transformou Luque em seu sambódramo e fez a festa no Paraguai. Sem uma atuação de encher os olhos, a Canarinho foi efetiva no ataque com o brilho de Pito, segura na defesa com a liderança de Dyego e colocou um fim no fantasma argentino. Com uma vitória apertada por 2 a 0 sobre os Hermanos, os comandados de Marquinhos Xavier conquistaram a Copa América pela 11ª vez.
A Amarelinha voltou a levantar o título continental após sete anos, depois de cair para a Argentina na última edição. No outro jogo do dia, a Venezuela bateu os anfitriões paraguaios e carimbaram a terceira posição.
Pito chama responsabilidade
A decisão começou estudada e com poucos espaços de lado a lado. Brasileiros e argentinos evitaram se expor nos primeiros minutos e adotaram uma postura cautelosa. Com perfis ofensivos, as duas equipes foram pouco a pouco se soltando dentro da partida e animando a final.
A seleção argentina começou criando ações primeiro e quase anotou um golaço. Kiki Vaporaki chamou Dyego para dançar, aplicou uma caneta e soltou uma pancada, que parou em grande defesa de Guitta.
O time inicial do Brasil não conseguiu encaixar o jogo coletivo e novamente o quarteto secundário aumentou o ritmo da Canarinho e começou a mudar os rumos da decisão. Inspirado, Pito chamou a responsabilidade e esbanjou sua qualidade. Na ala esquerda, o camisa 10 infernizou a defesa albiceleste com dribles, canetas e gingas. O craque da seleção só foi parado nas intervenções milagrosas de Sarmiento.
O duelo particular entre o camisa 10 da Amarelinho e o arqueiro hermano foi esquentando durante a etapa inicial até o brasileiro vencer a primeira. Em escanteio cobrado por Dyego, a defesa argentina cochilou e Pito entrou pelo meio, mandando nas redes.
Segurança defensiva garante o título
Na volta do intervalo, a Argentina reforçou a marcação em Pito e encaixou o quarteto brasileiro. Marquinhos Xavier apostou em quartetos sem pivôs de referências, deixando a seleção mais leve, mas não teve o mesmo sucesso.
A Argentina tomou o controle da partida e intensificou a participação de Guitta, embaixo das traves. Dyego também teve papel importante na formação brasileiro, precisando parar Borruto, grande vilão do Brasil nos últimos jogos.
Faltando cinco minutos para o fim, Lucuix colocou Basille como goleiro-linha e armou uma blitz na quadra de ataque. Sem outra alternativa, o Brasil compensou a falta de inspiração no ataque em disciplina defensiva.
A recompensa veio no estouro do cronômetro. Faltando dez segundos para o fim, Taborda tentou passe arriscado na trave e Rafa Santos interrompeu. O pivô brasileiro acertou a mira e mandou da área de defesa até as redes adversárias. Festa em Luque, no Paraguai, e hegemonia retomada na Copa América.
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