SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Governo de São Paulo colocou no ar, por engano, um site com informações sobre imóveis do patrimônio público estadual que estariam disponíveis para venda. Os prédios anunciados incluíam a Pinacoteca, o complexo do Hospital das Clínicas, o quartel da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, grupo de elite da PM) e as sedes de vários órgãos estaduais.
O site imoveis.sp.gov.br foi ao ar no início da semana por causa de um “erro técnico”, segundo a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele foi tirado do ar quem o acessa encontra o aviso de que está “em manutenção”, mas em breve voltará a ser disponibilizado.
As informações foram publicadas inicialmente pelo site Metrópoles e confirmadas pela Folha de S.Paulo.
O governo esclareceu que o site não será um portal de vendas, e sim uma ferramenta para concentrar informações sobre todos os imóveis do patrimônio estadual o estado deve manter a forma tradicional de venda de imóveis públicos, via leilão.
A Secretaria de Gestão e Governo Digital declarou que o portal “está em construção e, por um erro técnico, levou ao ar informações descontextualizadas sobre o patrimônio imobiliário estadual”.
Segundo a pasta, quando estiver pronto, o site deve informar quando o imóvel está disponível para venda. Mas esse não será o caso dos prédios que chamaram mais atenção, como as sedes do Tribunal de Justiça paulista, do Ministério Público estadual e da Assembleia Legislativa, garantiu o governo.
“Criado para facilitar o acesso à informação e assegurar total transparência aos cidadãos, o portal reúne de forma organizada e centralizada os dados relativos a todos os imóveis sob a gestão do Estado de SP”, disse o governo estadual.
VENDA DE IMÓVEIS DEVE CUSTEAR NOVO CENTRO ADMINISTRATIVO
A intenção da gestão Tarcísio de vender imóveis estaduais já é conhecida. O governo paulista é proprietário de 56 edifícios distribuídos em diversas regiões da capital.
O plano do atual governo é que o dinheiro levantado com a venda da maior parte desses prédios seja suficiente para pagar pelas desapropriações necessárias para construir o novo centro administrativo, no entorno do parque Princesa Isabel, no centro de São Paulo.
Atualmente, a gestão estadual ocupa 807 mil metros quadrados de área construída, o que dá 34 metros para cada um dos seus funcionários. Desse total, 519 mil poderiam ser alienados ou destinados a outros usos públicos. A ideia é reduzir para 12 metros quadrados de área útil por servidor, diminuindo assim custos com manutenção, limpeza e gestão dos espaços.
Estimativas, que ainda precisam ser confirmadas pelo estudo de viabilidade, apontam para um ganho de R$ 744 milhões com a venda de prédios.
Um concurso de arquitetura para selecionar estudos para a construção do novo centro administrativo foi lançado no mês passado.
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